Rabino avisa judeus para voltarem a Israel: “A Europa está perdida”

Levantamento no Reino Unido mostra número recorde de casos de antissemitismo

Os recentes atentados de terroristas muçulmanos na Europa geraram um clima de apreensão em seus cidadãos. Embora somente o de Barcelona tenha sido amplamente noticiado, ocorreram outros atos similares na Alemanha e na Finlândia na mesma semana.

O rabino-chefe de Barcelona, Meir Bar-Hen declarou publicamente que as autoridades europeias não estão “reagindo adequadamente ao problema”. Ele alertou a comunidade judaica para os perigos do islamismo radical e disse que está estimulando os judeus a voltarem para Israel.

“Não pensem que devemos ficar aqui para sempre. Encorajo você a comprar imóveis em Israel… Não repitam o erro dos judeus argelinos e dos judeus venezuelanos. É melhor ir logo, antes que seja tarde demais. A Europa está perdida”, concluiu o rabino.

Ele acredita que as autoridades estão relutantes em enfrentar ativamente o terrorismo islâmico. Ao assumir a responsabilidade pelo atentado em Barcelona, o Estado Islâmico fez questão de frisar que o ataque era contra "cruzados (cristãos) e judeus".

Antissemitismo cresce no continente

As palavras de Bar-Hen ecoam um sentimento crescente em várias partes da Europa.

Uma pesquisa encomendada pela Campanha Contra o Antissemitismo, movimento judaico no Reino Unido, realizou entrevistas com mais de 10 mil judeus britânicos. Mais de um terço deles (37%) pensa em mudar para Israel por causa da perseguição religiosa.

O relatório, publicado semana passada, reúne dados desde 2015. A comunidade judaica do Reino Unido registrou 767 ataques antissemitas no primeiro semestre de 2017 – a maior média mensal já registrada desde que esse monitoramento começou, em 1984. No ano passado foram 1.309 incidentes, número 36% maior em relação à contagem de 2015.

Ao mesmo tempo, o doutor Efraim Zuroff, especializado no monitoramento de movimentos antissemitas, disse que as recentes demonstrações de ódio contra judeus nos Estados Unidos são pequenas se comparadas com o que acontece em países como Estônia, Letônia e Lituânia.

Por lá, segundo ele, as marchas públicas exigindo que os judeus vão embora são bastante comuns, mas não recebem a mesma atenção da mídia.

Fonte: Gospel Prime


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